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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Polícia do Senado ouve supostas fantasmas do gabinete de Efraim

A Polícia Legislativa do Senado iniciou nesta quinta-feira (20) a investigação sobre a contratação de supostos funcionários fantasmas no gabinete do senador Efraim Morais (DEM-PB). Nesta primeira fase estão sendo ouvidas as irmãs que fizeram a denúncia. Ainda não há data para ouvir a funcionária que seria responsável pela contratação. O senador nega ter conhecimento do caso e informou que já mandou demitir as duas irmãs e a funcionária que estaria envolvida na questão.

Reportagem do Jornal Nacional desta terça-feira (18) afirma que o senador Efraim Morais (DEM-PB) foi denunciado à Polícia Federal por suspeita de contratação de funcionários fantasmas.

Veja site do Jornal Nacional

A denúncia foi feita pelas irmãs Kelriany e Kelly Nascimento da Silva. Ambas não tinham emprego fixo, mas recebiam o que acreditavam ser uma bolsa de estudos de R$ 100 que duas amigas teriam conseguido junto à Universidade de Brasília (UnB). Para isso, elas assinaram procurações que iriam para a universidade.

"Ela pediu nossos documentos, autorização para abrir conta no banco e depois ela falou que ia passar o número da conta e o cartão para gente, para podermos receber esse auxílio. Aí o tempo foi passando, e elas traziam pra gente até em casa a quantia", contou Kelriany ao Jornal Nacional.

A descoberta foi feita no mês passado, quando Kelriany conseguiu um emprego e foi ao banco abrir uma conta. Só neste dia a estudante descobriu que ela e a irmã já tinham contas correntes, e estavam empregadas no gabinete do senador Efraim Moraes (DEM-PB). O salário de cada uma das irmã era de R$ 3,8 mil. "Nunca imaginei que eu poderia ser uma funcionária fantasma. Nunca me passou pela cabeça", disse Kelly.

Nos documentos que entregaram à Polícia Civil, as irmãs aparecem na relação de funcionários do gabinete do senador. Uma das amigas que pediu a procuração é Mônica da Conceição Bicalho, que trabalha para o senador.

Segundo Pedro Ricardo de Araújo Carvalho, diretor da Polícia Legislativa do Senado, não há previsão para a tomada de depoimento de Mônica. Nesta quinta estão sendo ouvidas as duas irmãs. Uma delas já foi ouvida, mas o diretor não deu qualquer detalhes sobre o teor do depoimento.

Carvalho destacou que o órgão não investiga senadores. Se for encontrado algo que envolva Efraim diretamente, o caso será encaminhado à Corregedoria do Senado. O titular da Corregedoria, Romeu Tuma (PTB-SP), está aguardando o trabalho da Polícia do Senado para verificar se é necessária uma investigação contra o colega.

Na entrada do depoimento, o advogado das irmãs que fizeram a denúncia, Geraldo Faustino, negou que elas tenham participado do esquema e afirmou que caberá aos envolvidos no esquema provar que elas recebiam o salário. "Quem tem de provar que pagou e que elas eram parte do esquema são eles".